Participantes avaliam o comércio bilateral Brasil-Canadá

Por João Vitor Martins

Na segunda parte do Fórum, foi realizado o painel Perspectivas na Relação Comercial Brasil-Canadá, com moderação de Henrique Palma, líder do Canada Desk da KPMG, para a troca de ideias e discussões a respeito dos desafios comerciais e do apoio da CCBC aos projetos de empresas brasileiras no Canadá e canadenses no Brasil.  

Participaram: Rodrigo Fonseca, sócio da FSL Advogados e Presidente do CAM-CCBC; Wilson Borges, Líder de Assuntos Externos e Gerenciamento Territorial da Lundin Mining Corporation; Catharina Pires, Diretora de Assuntos Corporativos Latam da Nutrien Soluções Agrícolas; Arthur Mota, Diretor Sênior, Economista e Estrategista do BTG Pactual; Camila Covello, sócia e diretora de expansão da Quality Global Alliance.  

Catharina Pires, da Nutrien Soluções Agrícolas, destacou que o Brasil é uma ‘power house’ em agricultura e em ‘biodiversisdade’ e essa combinação gera valor. “O Brasil traz para qualquer empresa do agro uma oportunidade única de fazer a combinação entre agricultura e preservação do meio-ambiente, e produzir alimentos”, afirmou.  

Camila Covello, da Quality Global Alliance, destacou o desenvolvimento da metodologia de acreditação canadense para o setor de saúde. “No início, os acreditadores canadenses faziam questão de ouvir as comunidades. Nós procuramos manter essa diferenciação em nosso trabalho e hoje o sistema de saúde brasileiro reconhece a acreditação canadense como uma das que oferece mais segurança e qualidade para o setor”, explica.  

Já Wilson Borges, da Lundin Mining, ressaltou que o setor de mineração une pilares importantes como segurança energética, segurança alimentar e infraestrutura, além de gerar empregos onde há mais dificuldade, como no interior do Brasil. “Pesquisa do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) mostra que para cada emprego gerado, surgem mais 14 na cadeia”. Ele ressaltou, ainda, a importância das empresas de mineração com o bem-estar da sociedade e as comunidades locais.   

Arthur Mota, do BTG Pactual, afirmou que o investimento estrangeiro direto no país dissemina a cultura do investidor entre as empresas, e ajuda a disseminar outros setores atrelados à empresa a se desenvolver. “O Brasil é um potencial de alocação de capital e um grande parceiro de negócios do Canadá. O Brasil é um grande player no mercado de energia limpa, por exemplo. Além disso, o setor de infraestrutura ainda tem um longo caminho de desenvolvimento pela frente”, ponderou.  

Já Rodrigo Fonseca, presidente da CAM-CCBC, destacou que tanto o Brasil como o Canadá valorizam a diversidade e a proteção ao meio ambiente. “Essa semelhança de valores faz com que seja muito importante incrementar essas relações”, concluiu.  

O Fórum faz parte das comemorações dos 50 anos da CCBC, que contará ainda com mais dois eventos: o Canadá Day, nos dias 3 e 4 de julho, e o Summit Brasil-Canadá em 18 e 19 de setembro.  

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