Economia digital e trabalho do futuro

A baixa produtividade custou cerca de R$ 500 bi para a indústria nacional só em 2022. Além de fatores estruturais, as organizações precisam lidar com a complexidade do sistema tributário e com a baixa escolaridade dos trabalhadores. 

A boa notícia é que a economia digital – economia baseada em tecnologias digitais, incluindo a Internet, computação em nuvem e outras plataformas digitais – pode elevar a produtividade das empresas. Inclusive, já se percebe um impacto significativo no mercado de trabalho global. 

Mas as melhorias dependem de adaptação. Em todo o mundo, isso envolve programas de capacitação e treinamento, parcerias com instituições de ensino e centros de pesquisa, e a promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho.

Como benefícios, destaca-se, inclusive, a criação de novas vagas de trabalho nas áreas de tecnologia, inovação e informática. Estimativas apontam que milhões de empregos relacionados à economia digital serão criados nas próximas décadas.

Neste artigo, você vai entender um pouco mais sobre economia digital e as mudanças no mercado de trabalho. Continue lendo.

Prioridades dos líderes em 2024

Prioridades dos líderes em 2024

Segundo líderes de grandes empresas mundiais, a prioridade da economia digital em 2024 deve ser alinhar iniciativas de transformação digital com os objetivos de negócio, mas sem perder de vista a importância do capital humano. Essa abordagem potencializa a capacidade humana e promove o desenvolvimento de habilidades relevantes para o futuro.

Entre outros temas no radar dos gestores, destacam-se:

  • Simplificação e digitalização: enfatizar a transformação digital para potencializar o uso da inteligência artificial (IA) e aumentar o valor das funções humanas.
  • Segurança digital: priorizar a segurança no uso de tecnologias digitais e IA para mitigar riscos e melhorar a qualidade dos serviços digitais.
  • Capacitação humana para informações de qualidade: investir em sistemas que aprimorem a transparência, rastreabilidade e verificação de informações, valorizando o papel humano na era da IA. 
  • Transformar dados em valor: maximizar o valor dos dados por meio de modelos operacionais eficientes e promover a adoção dos produtos de dados nas áreas funcionais.

Pequenas e médias empresas

As pequenas e médias empresas (PMEs) também serão afetadas por essa nova economia. Com grandes desafios pela frente, muitos deles relacionados a custos, as parcerias estratégicas com instituições financeiras, governos e líderes da área digital se mostram como uma alternativa de grande valor para a obtenção de melhores resultados.

Afinal, a adoção de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, análise de dados e Internet das Coisas, permite a automação de tarefas repetitivas e abre portas para novas oportunidades de negócios. 

Nesse sentido, é importante investir em habilidades digitais, estabelecer parcerias estratégicas, adotar tecnologias emergentes e garantir a ética e a transparência na utilização de inovações. A tecnologia oferece oportunidades de crescimento e competitividade, mas também impõe desafios que devem ser enfrentados com planejamento, investimento e comprometimento.

O trabalho do futuro

O trabalho do futuro

Com mudanças sociais tão profundas causadas pela inovação, é correto inferir que o mercado de trabalho também será impactado. O “trabalho do futuro” fala sobre as mudanças nas práticas de trabalho, habilidades necessárias e estruturas de emprego resultantes do avanço tecnológico.

O estudo Profissões Emergentes na Era Digital, realizado pela iniciativa “Profissionais para Energias do Futuro” em parceria com o SENAI, analisou que as tendências da transformação digital e os impactos dela na demanda profissional em setores-chave da economia podem criar até 12 milhões de empregos no Brasil até 2025. No Canadá, estima-se que mais de 2 milhões de empregos relacionados à economia digital serão criados na próxima década. 

Essas oportunidades, no entanto, surgem com novas exigências de capacitação. Para contornar o gap, muitas empresas têm implementado programas de requalificação, investindo em treinamentos para que sua equipe possa acompanhar as mudanças e se manter competitiva. 

Segundo o Ronaldo Ramos (Presidente do Conselho Executivo e Diretor-Presidente 2021-atual), os líderes do amanhã possuem a capacidade de desaprender e aprender colaborativamente. Para ele, o desenvolvimento de habilidades comportamentais (soft skills), como análise crítica e empatia, são fundamentais para quem busca se manter relevante.

A promoção da diversidade e inclusão também surge como uma estratégia relevante por poder contribuir com o aumento da capacidade de inovação das empresas, tornando-as mais competitivas.

No Brasil, há diversas iniciativas em andamento para impulsionar a capacitação tecnológica dos trabalhadores. Programas de educação e treinamento estão sendo desenvolvidos em parceria com empresas, instituições de ensino e governo, com o objetivo de formar uma mão-de-obra mais qualificada e preparada para os desafios do trabalho do futuro. 

Já no Canadá, o governo lidera a adoção de políticas voltadas para a economia digital, investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias avançadas e promovendo a inovação nos setores público e privado. Além disso, o país tem se empenhado na formação de profissionais qualificados para atender às demandas geradas pela indústria 4.0, por meio de programas de estudos em áreas como inteligência artificial, ciência de dados e cibersegurança oferecidos por diversas universidades.

As parcerias com instituições de ensino e centros de pesquisa também têm aumentado. Além de alinhar os currículos acadêmicos às demandas empresariais, proporcionar estágios e programas de imersão na indústria, elas garantem que os estudantes estejam preparados para as mudanças tecnológicas.

Estudo da Access Partnership, em colaboração com a Amazon Web Services (AWS), realizou uma pesquisa com 1600 funcionários e 500 organizações no Brasil, de todos os setores. Ele revela que a tecnologia pode dar um grande impulso na economia do país e ainda apoiar uma parte considerável das tarefas profissionais. Ainda segundo o material, quase todas as organizações do Brasil estarão habilitadas para receber a inteligência artificial. 

De acordo com a pesquisa citada anteriormente, 97% de todos os empregadores planejam usar soluções baseadas em IA até o ano de 2028. Além disso, 68% dos colaboradores esperam que a automação de tarefas seja o principal benefício da inteligência artificial. 

A economia digital e o trabalho do futuro são conceitos que desafiam as empresas a se adaptarem a um ambiente em rápida transformação tecnológica. Se a baixa produtividade tem custos significativos, a digitalização oferece soluções por meio de melhores práticas e investimento em capital humano. De grandes a pequenas empresas, o caminho para novos negócios passa pela economia digital. Na CCBC, podemos ajudar sua empresa a aproveitar essas oportunidades. Inclusive, esse é um dos temas que serão tratados no Summit Brasil-Canadá 2024. Acesse o site e saiba como participar: https://bit.ly/3VIddiH