DIVERSIDADE

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EDITORIAL

As certificações como mecanismo de controle da implantação de programas de Diversidade e Inclusão (Brasil/Canadá)

Os resultados das discussões sociais acerca das questões que envolvem diversidade no Brasil, vem, aos poucos, se destacando e influenciando empresas nacionais e estrangeiras que desenvolvem suas atividades neste país. Mas não é só isso, a abordagem sobre o tema tornou-se uma constante no dia a dia das pessoas e das empresas.

Apesar das exigências sociais e comportamentais surtirem algum efeito, elas não são suficientes para a diversidade e inclusão serem implementadas sem nenhum instrumento externo. Surge assim, o questionamento acerca da utilização de um certificado de diversidade e inclusão no qual as empresas estariam atreladas por meio de uma instituição de controle sendo exigido sua habilitação como condição para a realização de negócios e manutenção de cadeia de fornecimento de produtos e serviços, além de profissionais certificados para a implantação de programas de D&I.

O reconhecimento da necessidade de providências das instituições para garantir direitos das minorias tornando diverso o ambiente de trabalho (ainda que a passos lentos) obriga as empresas cada vez mais tornar real o “projeto diversidade”. As empresas, por sua vez buscam consultorias especializadas para rever suas políticas quanto a essa matéria, mas é certo que esse trabalho não será suficiente se não houver a continuidade e manutenção de projetos que visem perpetuar a aplicação de políticas de diversidade até que o comportamento se torne comum, em razão dos objetivos alcançados.

Algumas grandes corporações já seguem essa linha[1], solicitando a sua cadeia de suprimentos, providências para que a diversidade esteja presente também no primeiro escalão das empresas parceiras.

Considerando o Canadá como paradigma, constatou-se a utilização de um certificado de diversidade e inclusão que permite a realização de negócios entre empresas comprometidas com o ambiente diverso e também com entidades governamentais que em razão do aspecto multicultural daquele país estabelece critérios menos subjetivos para a continuidade e manutenção dos contratos firmados.

O processo de certificação vem com o objetivo de avaliar as condutas das empresas em relação a dado padrão estabelecido por meio de uma estrutura de competências exigidas, as quais poderiam ser implementadas aqui por profissionais certificados, capazes de avaliar a existência ou não das condutas e orientações exigidas.

Nesse sentido as métricas utilizadas precisam ser claras e úteis[2], com a devida mensuração de resultados, levando-se em conta aspectos que possam ser vistos e aplicados por todos na organização. Não há necessidade de um processo engessado a ponto de não ser possível entender os processos de certificação. O aspecto principal aqui seria o engajamento acompanhado de resultados factíveis, ou seja, se a empresa tiver condições de apresentar um resultado final demonstrando a aplicação de regras de diversidade e inclusão, encontra-se certificada.

Para tanto a consonância com a legislação, a conformidade diante de aspectos éticos que envolvem a diversidade e inclusão (programas de compliance), o engajamento das equipes e dos empregados, a comunicação clara acerca de resultados de negócios decorrente de estratégias de diversidade e inclusão seriam elementos de avaliação da empresa para obtenção de certificado nesse sentido.

Não se busca aqui encontrar mais um entrave para a diversidade e inclusão por meio de instrumentos de controle, mas sim alcançar um caminho apto a tornar real e constante o engajamento das empresas com as necessidades sociais.

É preciso dizer que além de políticas internas com resultados aparentes, as empresas devem exigir de sua cadeia produtiva atitudes similares para a real implementação de mecanismos de diversidade e de inclusão.

O objetivo da certificação é trazer profissionais e empresas para o mesmo raciocínio, afastando mecanismos preconceituosos que impeçam profissionais capazes e engajados de terem as mesmas oportunidades independentemente da cor, raça, sexo, religião ou idade, além de tornar o “programa diversidade” uma realidade constante.

Há muito para se fazer ainda, mas com caminhos e acessos mais claros é possível que a diversidade e inclusão deixe num futuro próximo de ser exigida, e passe simplesmente a ser utilizada como forma de atender interesses da sociedade e das corporações.

Paula Civolani, Teixeira Civolani Advocacia

[1] https://vocesa.abril.com.br/blog/ricardo-sales/10-apostas-para-diversidade-e-inclusao-em-2021/

[2] https://ccdi.ca/resources/

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