COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS

CAE

Coordenação: Ronaldo Ramos (CEOLab)

Um dos grandes desafios ao estabelecimento de negócios e investimentos internacionais é conhecer as peculiaridades da economia do outro país. Eventuais incertezas em torno de políticas governamentais (macroeconômicas, tributárias ou financeiras), do funcionamento das instituições econômicas ou do nível de segurança jurídica para a efetivação de negócios são alguns dos pontos que podem prejudicar decisões sobre investimentos.

Criada quando surgiu a CCBC, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) tem a finalidade de promover o debate, buscando interpretar tendências, apontar possíveis caminhos e discutir eventuais soluções com os associados. Sua atuação se dá por meio não apenas de encontros periódicos, mas também pelo compartilhamento de informações macroeconômicas e avaliações setoriais. Por meio da disseminação dessas análises, a CAE busca contribuir para a tomada racional de decisões por parte das empresas canadenses e brasileiras, tendo como objetivo o desenvolvimento e o sucesso dos negócios.

As economias do Canadá e do Brasil guardam diferenças importantes. Com uma população de 207,65 milhões de habitantes, o Brasil é quase seis vezes mais populoso que o Canadá (com seus 36,26 milhões de habitantes). Mesmo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) do Canadá atingia em 2016 a soma de US$ 1,535 trilhão, pouco menos do que o total registrado pelo Brasil (US$ 1,793 trilhão). No entanto, os indicadores econômicos mostram que, enquanto a inflação brasileira atingia 8,1%, a canadense não passava de 0,6%; ou que a participação da indústria no PIB no Canadá era de 28%, dez pontos percentuais a mais do que a do Brasil.

O perfil das economias dos dois países também é distinto. No Canadá predomina o setor de serviços, que emprega cerca de três quartos da mão-de-obra. A indústria de óleo e gás é muito importante, uma vez que o território canadense dispõe de grandes reservas petrolíferas e de gás natural. O país é bastante aberto ao estabelecimento de acordos comerciais internacionais e possui tratados com grande parte do mundo. Entre eles estão o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) e o grupo Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), além do documento assinado com a União Europeia (UE) e outro com os países do Pacífico (o Tratado Integral e Progressista de Associação Transpacífico, ou TPP11).

Já o Brasil, que também se destaca por possuir reservas minerais e petrolíferas, conta com o setor agrícola para manter o equilíbrio de sua balança comercial, e abriga um parque industrial diversificado. É membro-fundador do Mercado Comum do Sul (Mercosul), e está em processo de expansão dos negócios para além desse bloco, buscando parcerias em diversas áreas do mundo. O processo de abertura brasileiro por meio de acordos de livre comércio se dá de forma integrada ao Mercosul. Neste momento, continuam em andamento as conversas do bloco com a UE.

Atualmente, Brasil e Canadá também estão engajados nas primeiras rodadas de um acordo comercial entre Canadá e Mercosul – o que deverá expandir ainda mais as oportunidades de negócios entre os dois países.

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